03/12/2015

CEMA debate propostas para uso sustentável e de conservação da araucária

Duas propostas de resolução de plantio para uso sustentável e outra de conservação da araucária no Paraná foram bem aceitas pelos integrantes do Conselho Estadual do Meio Ambiente, que participaram na tarde desta terça-feira (1) da 94º reunião ordinária, em Curitiba. As propostas foram amplamente debatidas e serão votadas na próxima reunião, entre fevereiro e março próximo.

“Estes dois trabalhos do CEMA reúnem os maiores especialistas paranaenses no assunto (araucária), que estão ajudando a construir novas políticas públicas, que de um lado incentivará proprietários rurais a cultivarem essa espécie tão simbólica para os paranaenses, e em outro viés, garantir a conservação da biodiversidade originou, protegendo o pouco que restou de floresta com araucária”, disse o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski.

As propostas ainda não foram votadas na reunião em função de pedidos de vistas. Os conselheiros que solicitaram terão mais tempo para enviar contribuições para as Câmaras Temáticas do Conselho que estão tratando das propostas. Uma das propostas foi a de marcar uma reunião extraordinária do Conselho, no início do ano que vem só para votar as duas propostas.

Uma das minutas relatada no CEMA foi sobre as diretrizes para conservação da Floresta Ambrófila Mista, onde predomina a araucária. A outra trata de regras para incentivar o plantio da araucária como fonte de renda futura, tanto pela madeira como os frutos (pinhão).

Para este último trabalho, o Grupo Técnico de Araucária plantada vem discutindo o tema há dois anos, e um dos integrantes como convidado é o professor Flávio Zanette, da Universidade Federal do Paraná, que há 30 anos se dedica a pesquisar a araucária. “No cenário atual a araucária está em extinção no Paraná e muitas foram as tentativas de salvá-la. Tentamos pelo coração, pela caneta (multas ambientais) e nenhuma deu certo. Agora vamos tentar pelo bolso, fazendo ela ser plantada e gerar renda aos produtores”, disse Zanette.

A resolução traz mais facilidades para o agricultor provar que plantou araucária para poder fazer o uso do produto. “As duas iniciativas são muito positivas, ainda mais pelo caráter incentivador e não unicamente repressivo. Acho que é um modelo certo, tendo em vista que as políticas anteriores de apenas repreender não deram retorno”, destacou o representante da Ordem dos Advogados do Brasil, José Gustavo Franco.
Fonte: SEMA

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